Você sabe. Quando desejamos conhecer melhor alguém, é normal que nós busquemos mais informações sobre essa pessoa, sobre o que ela faz e qual é a sua história.
A curiosidade nos faz humanos. E é o que torna possível simpatizarmos com alguém e depositarmos nossa confiança.
Por isso, eu decidi abrir parte da minha história para você.
Aqui, eu vou te contar um pouco sobre como tudo começou. Ou recomeçou...
Como tudo começou
Tudo começou lá atrás. Quando, morando no interior de Santa Catarina, decidi que iria prestar vestibular para a área da saúde.
Medicina e Odontologia eram as opções que mais me brilhavam os olhos. Eu admirava a área da saúde, mas ainda não tinha certeza sobre as minhas escolhas.
Assim, por várias influências externas, decidi que seria dentista. Resolvi, então, prestar o vestibular para Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma das universidades mais bem conceituadas do Brasil para o curso.
Felizmente passei e, então, vim morar em Florianópolis. Na graduação, só confirmei o que já sabia. Trabalhar com a saúde de tantas pessoas é tarefa árdua, e que exige, no mínimo, muita dedicação.
Qualquer profissão nesta área é muito nobre. Mas, digo por experiência própria: não é para qualquer um.
O contato diário com os pacientes é algo que traz muitas alegrias e gratificações.
Mas há também o outro lado. Aquele que ninguém quer expor. Muito estudo, cansaço, noites mal dormidas e a ansiedade em sempre fazer o melhor.
Aos poucos, comecei a perceber que não me encaixava na profissão.
Era algo que fugia da minha personalidade. Gostava da saúde, gostava da odontologia, mas não a ponto de me tornar uma dentista e fazer disso o restante da minha vida profissional.
Algumas coisas também me deixavam angustiada. Enxergava diversas falhas ou lacunas no ensino durante a graduação. O ensino da técnica, da odontologia pura e simples, era excelente.
Mas ninguém falava sobre o real dia a dia do profissional. Ninguém comentava sobre todas as responsabilidades que um dentista carrega ou advertia sobre os riscos de não saber gerir um consultório no futuro.
Um dia, enquanto assistia a uma aula, vi todos os meus amigos eufóricos em estudar um assunto em particular. Foi aí que minha ficha caiu. Eu gostava da área, mas não do mesmo jeito que eles.
A mudança
Quase para me formar, resolvi deixar o curso.
Sentia que podia contribuir com a profissão, mas ainda não tinha certeza sobre como poderia fazer isso.
Comecei a procurar caminhos que me ajudassem a entender o que eu faria dali para frente. E entre tantas possibilidades, depois de muito pensar e repensar (essa é outra história), decidi que cursaria Direito.
Quando entrei para o curso de Direito, finalmente, me senti em casa. Tudo parecia familiar. Mas ainda permaneciam em mim as lembranças da minha antiga graduação e tantas pessoas queridas conheci nesse período.
Na odontologia, enxerguei muita dedicação em ensinar a técnica. Mas, logo percebi que os meus ex-colegas e futuros cirurgiões-dentistas não estavam cientes do que verdadeiramente os esperava.
Todo mundo sabe. A universidade nunca revela o que verdadeiramente ocorre na prática. Ninguém te conta sobre o que realmente pode acontecer quando você está a quatro paredes com um paciente.
Se você é médico ou dentista, você sabe do que estou falando. A graduação te ensina a examinar, a suturar, a diagnosticar.
Mas ela não te ensina sobre como gerir um negócio, sobre como deve ser a sua relação com o paciente, sobre como conduzir as expectativas dele, sobre a má fé das pessoas e sobre imprevistos que podem acontecer no meio do caminho e você sequer imagina como lidar.
Relevei esses pensamentos, mas não os esqueci.
Minha história como advogada em Florianópolis
Ao longo do curso de Direito, fiz diversos estágios. Busquei conhecer todas as áreas que podia para, no fim, poder escolher a que mais me representasse.
Eu já estava prestas a sair de um estágio no Ministério Público, porque considerava ter aprendido tudo o que podia ali, quando fiquei sabendo de uma vaga de estágio em um escritório de advocacia. Mas não era qualquer vaga.
Foi curioso. O escritório era especializado em Direito Médico, o que logo me chamou a atenção, pois na faculdade não temos contato com essa especialidade e eu pouco tinha ouvido falar sobre ela.
Me pus a pesquisar sobre a advocacia médica e, para minha grata surpresa, parecia que, agora, tudo fazia sentido.
Como eu não tinha pensado nisso antes? A ideia de advogar na área da saúde me parecia reconfortante diante das minhas experiências passadas.
Resolvi me candidatar a vaga e fui selecionada.
Assim que entrei no escritório, meu primeiro contato com o Direito Médico foi muito positivo. Lá, pude vivenciar uma infinidade de situações que, provavelmente, demoraria a conhecer sozinha.
Montava defesas por erro médico, auxiliava nas consultorias, analisava contratos, elaborava defesas perante os Consellhos e, muitas vezes, ajudava a segurar as lágrimas de alguns clientes que, não sabiam direito como segurar a tristeza de entrar em conflito com um paciente.
Audiências sempre eram dias de tensão. Cada pessoa lida com as suas emoções de uma forma diferente. Não foram poucas as vezes que presenciei profissionais com anos de carreira frustrados por conflitos com pacientes.
Alguns ficavam tão impactados que até pensavam em abandonar a profissão.
Aquilo me causava grande angústia. Por isso, cada vez mais eu acreditava no Direito Médico e na diferença que eu poderia fazer na vida de meus futuros clientes.
Mergulhei de cabeça no estágio e nele permaneci até o fim da faculdade.
Quando estava prestes a me formar, tudo realmente fez sentido. Eu havia gostado muito do Direito Médico, me identifiquei com tudo aquilo que vivi, tinha prazer em ajudar profissionais de saúde, pois já havia conhecido boa parte de sua realidade.
Tudo ficou claro e eu estava decidida.
Me formei e, logo de cara, no início da carreira de advogada, decidi me especializar em Direito Médico e continuar trabalhando em Florianópolis.
Como o Direito Médico mudou a minha vida
Todo advogado concorda que iniciar na profissão não é fácil. Imagine, então, para quem decidiu, logo de cara, especializar sua advocacia. Atender apenas o nicho que desejava.
Apesar de estar em ascensão, o Direito Médico é, muitas vezes, desconhecido pelos próprios profissionais de saúde. Nunca foi fácil. Mas sempre foi prazeroso.
Logo que me formei, estava decidida a continuar trabalhando com a área da saúde e, por isso, me especializei.
Não bastasse a especialização, com o tempo e a prática decidi que atuaria apenas para médicos e dentistas, o que tornou minha atuação ainda mais específica. Se eu me arrependo? Com certeza, não.
A medicina e a odontologia são as áreas que mais me inspiram. A odontologia, por conta de minha experiência no ramo, e a medicina, por conseguir reconhecer que é e sempre será uma das profissões mais importantes ao ser humano.
Na vida, muitas pessoas trilham caminhos que lhes parecem errados. Poderia ter sido meu caso com a odontologia. Mas não vejo assim. Pelo contrário. Hoje, vejo o quanto a minha passagem pela Odontologia me trouxe experiência.
Mas não só isso. Trouxe muito conhecimento técnico, mas também humanidade, tato, sabedoria para compreender meus clientes e imaginar o que realmente estão passando quando uma dificuldade aparece.
Também fica mais fácil celebrar as vitórias, pois sei qual foi o caminho percorrido até ali.
É inegável que a odontologia me trouxe a possibilidade de poder entender e falar a língua dos meus clientes.
Convenhamos, nada melhor do que poder conversar com quem te entende, sem precisar desenhar o que é um BPM, BEG, LOTE, SP, VO...
Minha atuação para médicos e dentistas
O tempo foi passando e a vontade de atuar com Direito Médico só se confirmava.
Durante a minha atuação profissional, pude ajudar muitos clientes, conhecê-los a fundo e entregar o melhor resultado para o seu negócio.
Acredito que foi por me preocupar verdadeiramente com cada cliente que tudo começou a ficar cada vez melhor.
Mais do que poder advogar na defesa de meus clientes, eu sempre gostei de trabalhar preventivamente. Um bom advogado não é aquele que só aparece quando o problema já estourou.
Eu sempre orientei meus clientes a buscarem a prevenção jurídica dentro do seu negócio. O médico ou o dentista sempre estão tão focados em fazer seu trabalho – o que é ótimo.
Mas, muitas vezes, não percebem que no seu trabalho pode haver um risco.
Sempre foi o meu papel perceber isso e trazer transformação para o negócio do cliente, encontrar soluções para problemas que ele sequer tenha se dado conta que podem ser um risco.
Garantir que você realize um trabalho ético, legal, e ao mesmo tempo prezando pela saúde do paciente, faz parte da assessoria médica preventiva.
O Direito Médico preventivo é cultura.
Ele traz integridade para o seu negócio, ao passo que o cliente passa a enxergá-lo de outra maneira. Isso, obviamente, cria uma boa reputação, o que se converte em uma maior lucratividade.
O Direito Médico é uma matéria colocada em segundo plano em muitos escritórios.
Inclusive, porque, para trabalhar com ele não basta conhecer o Direito, é necessário conhecer a medicina, ter boa comunicação com os profissionais de saúde e ter certa intimidade com os termos técnicos e científicos.
Você já viu um advogado criminalista elaborando uma petição relacionada ao Direito Médico? Provavelmente, não. E nem queira.
Os criminalistas que me perdoem, não posso generalizar. Mas cada um com a sua área. É por isso que a especialização e intimidade com o ramo de atuação são tão importantes na advocacia.
Importante para você e importante para o seu advogado. Eu acredito que havendo conexão e confiança entre as partes, tudo fica mais fácil. Inclusive, para colher resultados.
Além de atuar diretamente como advogada, eu também realizo papel consultivo na Comissão de Saúde da OAB/SC, o que me permite ter um olhar ampliado sobre a saúde, assim como compartilhar com colegas advogados questões polêmicas da saúde que estejam em pauta.
Além disso, também atuo no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. O hospital HIJG é referência em atendimento pediátrico de alta complexidade em Santa Catarina.
Meu trabalho no Comitê consiste em vigiar e promover a aplicação dos princípios éticos e bioéticos, em todas as pesquisas envolvendo os seres humanos, que acontecem no hospital.
Este trabalho é muito importante e serve para assegurar os direitos e a dignidade dos indivíduos que colaboram com as pesquisas.
O desafio da minha carreira como advogada
No último ano, a medicina sofreu uma grande reviravolta. Todos nós sofremos.
Com a chegada da pandemia do corona vírus muitos clientes médicos e dentistas ficaram eufóricos e sem saber exatamente o que fazer.
Enquanto alguns clientes e amigos trabalhavam na linha de frente da covid-19, exautos física e emocionalmente, outros, no entanto, viam seu negócio com as portas fechadas, sem previsão de retorno, em decorrência do lockdown na tentativa de conter a doença.
Nunca a assessoria médica preventiva foi tão importante.
Muitas vezes era acordada de madrugada, com dúvidas de clientes que não sabiam o que fazer. Trocas de plantões, registros em prontuário, óbitos, transferência de pacientes, falta de consentimento, ofensas, todo tipo de assunto era pauta.
No entanto, vejo o quanto evoluí nesse período. E o quanto puder seu útil a quem necessitava.
Portas fechadas, suspensão de cirurgias, queda do lucro. Apesar de toda a crise, consegui orientar muitos clientes acerca dos problemas que enfrentavam em seus negócios. Isso foi gratificante.
Outra grata surpresa e objeto de muitas consultorias foi a prática da Telemedicina. Ela foi uma grande novidade para os profissionais de saúde e acabou gerando muitas dúvidas.
Por conta disso, consegui orientar muitos clientes sobre como praticar a medicina nesse novo formato. Isso permitiu aos clientes que conseguissem inovar sua forma de trabalhar e manter seu funcionamento.
A pandemia obrigou todos nós a nos reinventarmos e prefiro lembrar das coisas positivas que ela me trouxe: mais experiência e mais conhecimento.
Meus valores e meu escritório
Depois do primeiro cliente, veio o segundo e as coisas foram evoluindo.
Hoje, a sede do escritório fica em Florianópolis – SC, mas, diariamente, realizo atendimentos online, o que possibilita alcançar muito mais pessoas.
Com frequência, costumo ir até meus clientes, pois gosto de manter a proximidade e me certificar que está tudo bem com eles e com o seu negócio.
Desde o começo entendi que trabalhar com o Direito Médico é poder proteger a reputação e tranquilizar a vida de cada cliente. Por isso, sempre quis saber da história de cada um.
Eu sei que toda vez que estou vendo um processo, um prazo, ou resolvendo algum problema com um paciente, estou lindando com a vida desse médico ou dentista.
Não advogo para planos de saúde e nem para pacientes, evitando, assim, qualquer conflito de interesses.
Meu objetivo com a advocacia médica é oferecer um serviço personalizado ao cliente. Pois entendo que só assim é possível identificar o modelo de negócio ideal para ele.
Conhecer a jornada do paciente dentro do consultório ou da clínica, entender como se dá a relação médico – paciente, verificar os documentos clínicos do estabelecimento, são apenas alguns serviços que possibilitam maior controle e melhor gestão do seu negócio.
Aqui, nesse blog, você vai poder encontrar muito conteúdo que pode ser útil a você.
Pode ter certeza que, muitas vezes, você poderá solucionar uma dúvida ou problema que esteja passando, apenas com as dicas que dou aqui, por isso, aproveite!
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